Depois afinal o vazio
Ausência.
Ninguém. Nessuno. No one.
Abraço vazio.
E depois?
Depois nada, não me assustei.
O medo já nem sequer lá estava.
Fiquei a saborear aquele momento
sem nada nos bolsos,
olhava o céu estrelado,
era eu e apenas a roupa que tinha vestida,
o cão nos braços,
caminhava sem pensar, sem decidir,
deixava-me guiar, prosseguir.
O vazio assustou-me ao príncipio,
mas depois, afinal foi bom.
Texto: Clara Marchana
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