Coisas que me tocam


Dias de muita água,
água que escorre pelas ruas da minha cara, pelas ruas do meu corpo,
deixo escorrer,
não construo barragens.
Por vezes nem entendo de onde vem,
são momentos subtis, quase imperceptíveis,
coisas que me tocam,
a rapariga que pede na rua, que ama tanto o seu cão e que naquele dia estava mais triste que nos outros dias,
alguém que deixa cair o manto e que não se apercebe de estar descoberto,
um olhar revelado, uma frase escapada, um gesto frágil que escorrega cá para fora.
E a água corre dos meus olhos.

Comentários

sonoio disse…
una belleza este post...

beso
Clara Sofia disse…
Muchas gracias Sonoio:)

abrazo grande***
Juliett Farnesse disse…
El agua tan ancestral como la vida misma.
Clara Sofia disse…
Gracias Juliett :)

Un abrazo muy grande*
Ana Carvalho disse…
é lindo o poema... dá para ver a rapariga e o cão, o manto a cair, a frase solta e a água a escorrer ;)
tens um selo para ti aqui:
http://locaissagrados.blogspot.com/2010/11/selo-dardos.html
beijos
Clara Sofia disse…
Muito obrigada Arkana:)

O selo dos dardos já o recebi em tempos, mas vou juntar o teu nome a ele como agradecimento:)

Beijnhos*

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