O relógio de pulso desfez-se nas suas mãos, espalhou-se em mil pedaços, quis arranjá-lo, meticulosamente mexeu nos ponteiros, que saíram do lugar, tudo se misturou, minutos com horas, horas com segundos, quanto mais o tentava consertar, mais tudo se misturava. Perdeu o tempo Abandonou a vontade de tentar, tem de sair, está atrasada, não sabe das horas, mas já não importa. Ele insiste, não a quer deixar ir, naquele presbitério, quer abraçá-la, mesmo com o tempo perdido, ela tem de correr, e ofegante, saltou dali com o coração na boca. Texto: Clara Sofia
Fragmentos.