Amuada
Quero ler mais. Não quero estar dependente de ecrãs, nem de notificações, nem mensagens automáticas dos serviços públicos, nem imagens e videos constantemente felizes, de realidades distantes, de casas ricas ou imagens do excelente profissional, cheio de trabalho e super requisitado, cheio de competências, nem de corridas competitivas, nem de prazos de candidaturas que cada vez mais requerem uma equipa cada vez maior e mais especializada em números, em economia, marketing e direito. Quero mais humano. Mais afetos. Mais empatia, compreensão amor, respeito, dádiva, mais utopia. Mais liberdade para sonhar, sem ser invadida de pensamentos e listas de deveres e obrigações infindáveis para cumprir, que nunca mais acabam e que tendem a aumentar. Isto é mesmo para acabar com qualquer ser humano, este sistema cada vez mais máquina, mecânico, robótico, "algoritmico", numérico, mais rápido, competitivo, indiferente, especialista e destrutivo, exploratório de todas as mensagens de amo