Desaparecer devagarinho, não deixar rasto, ninguém se vê de verdade, poucos vêem, talvez nem ela se veja, mas é essa a sua vontade, correr para os braços do silêncio, e pedir que a embale, ali não há correrias de querer ser, não há comparações, existe apenas um espelho que lhe devolve a verdade, sem deformações. E quanto mais vemos menos somos vistos pelo outro. Andamos tão preocupados em atingir cumes fora das nossas medidas que nos esquecemos de atingir a simplicidade, que é o cume mais difícil de alcançar, mas o mais generoso, que nos enriquece desde o início do caminho. Texto: Clara Sofia Fotografia: encontrada na net sem identificação