Ela sonhou que estava dentro de uma casa, mas que não era a sua, era a dele. Uma casa por onde o sol entrava em todas as suas frentes. Janelas e mais janelas semi-fechadas, mas por onde teimava furar a luz do sol. Uma luz que violava e acendia aquela casa. Ela espreitou por uma das janelas semi-abertas, e resolveu sair pela janela lá para fora. À sua volta, uma imensidão de terra, côr castanho fértil, com um enorme terreno lavrado de jovens vinhas, com troncos que se torciam e pequenos rebentos de folhas verdes a quererem impulsivamente sair, enquanto ao longe, o azul sereno do mar espreitava. Texto: Clara Marchana
Fragmentos.